quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

1ª EXPO SOL PROMOVE INCURSÃO NA BIODIVERSIDADE MARINHA




© Todos os direitos reservados. Fotos: Acervo CMA
© Todos os direitos reservados. Fotos: Acervo CMA

Nana Brasil

nana.nascimento@icmbio.gov.br

Brasília (12/02/2015) – A 1ª Expo Sol – Um Passeio pela Vida Marinha, exposição promovida pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA) já recebeu mais de 500 visitantes, desde o dia 28 de janeiro. Os visitantes do Parque Temático Mamíferos Aquáticos, em Itamaracá (PE), têm a oportunidade de saber mais sobre a vida marinha e conhecer o trabalho do CMA, um dos 15 centros de pesquisa administrados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A sede do CMA, que fica dentro do Parque, foi o local escolhido para abrigar o evento. "Idealizamos a exposição pois recebemos um público muito grande nesta época do ano. O intuito é apresentar o trabalho de conservação desenvolvido não apenas pelo CMA, mas também pelas instituições parceiras e demais centros de pesquisa que lidam com animais marinhos", explica a coordenadora substituta do CMA, Fernanda Attademo.

Através de fotos, livros, folders e cartazes, os visitantes têm a oportunidade de aprender um pouco mais sobre a biodiversidade marinha e conhecer as atividades de conservação realizadas pelo ICMBio. Além do cinema do CMA, que tem capacidade para 100 pessoas e já exibe durante todo o ano filmes sobre o peixe-boi e o golfinho-rotador, foi montada uma tenda na área externa, onde são projetados vídeos sobre diversos animais marinhos, a exemplo do albatroz, da baleia e da tartaruga-marinha.

De acordo com a analista ambiental Solange Zanoni, a 1ª Expo Sol é uma atração a mais para o público do Parque Temático Mamíferos Aquáticos, cujo ingresso segue custando R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). A condução das visitas fica por conta dos monitores do próprio Parque e dos estagiários do CMA. "Nossa intenção é dar continuidade ao projeto e organizar uma exposição diferente a cada ano, sempre durante o verão", afirma Solange.

Segundo a coordenadora substituta Fernanda Attademo, o título escolhido para a exposição é uma alusão à estação mais quente do ano, que tem o Sol como grande símbolo. "O título é também uma homenagem à analista ambiental Solange Zanoni, uma das servidoras mais antigas do ICMBio, que dedica a vida à conservação do peixe-boi, sendo responsável ainda pelo programa de educação ambiental do CMA", ressalta a coordenadora.

Indicada para visitantes de todas as idades, a 1ª Expo Sol – Um Passeio pela Vida Marinha ficará montada até o dia 25 de fevereiro, todos os dias da semana (inclusive durante o Carnaval), das 9h às 17h.

Para mais informações sobre o evento, entre em contato com o CMA através do telefone (81) 3544-1056

Sobre o CMA

O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio) coordena, executa e apoia estudos, projetos e programas de pesquisa e manejo para a conservação de mamíferos aquáticos, atuando principalmente sobre as espécies ameaçadas e migratórias. Sediado no município de Itamaracá (PE), o CMA opera em todo o território nacional e desenvolve diversas atividades, a exemplo do Projeto Peixe-Boi, que tornou-se referência internacional em conservação.

O Centro coordena também a implementação dos quatro Planos de Ações de Mamíferos Aquáticos do ICMBio (Sirênios, Grandes Cetáceos e Pinípedes, Pequenos Cetáceos e Toninha), além de participar de fóruns que tratam de questões relativas a esses animais, como a Rede de Encalhe de Mamíferos Aquáticos do Brasil (REMAB) e a Comissão Internacional da Baleia (CIB).

Saiba mais sobre o CMA.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Oceanos 'recebem 8 milhões de toneladas de plástico por ano'

Plástico lançado anualmente nos mares poderia cobrir a ilha de Manhattan 34 vezes com uma camada de lixo à altura dos joelhos de uma pessoa, diz estudo
BBC Brasil
 
Cientistas dizem que 20 países são responsáveis por 83% da 
poluição dos mares por plástico Reuters


Cerca de 8 milhões de toneladas de lixo plástico são lançadas nos oceanos anualmente, segundo cientistas.
Essa quantidade poderia cobrir 34 vezes toda a área da ilha de Manhattan, em Nova York, com uma camada de lixo à altura dos joelhos de uma pessoa. Além disso, supera de 20 a 2 mil vezes os cálculos anteriores sobre a massa de plástico levada pelas correntes oceânicas.
O novo estudo é considerado um dos melhores esforços para quantificar o plástico despejado, queimado ou arrastado para o mar. Segundo os pesquisadores, a análise também pode ajudar a descobrir a quantidade total de plástico existente hoje no oceano – não apenas o material que é encontrado na superfície ou nas praias.
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Grandes quantidades de resíduos podem estar escondidas no fundo dos oceanos ou fragmentadas em pedaços tão pequenos que não são captados pelas análises convencionais. Essas partículas estão sendo ingeridas por criaturas marinhas – o que pode resultar em consequências desconhecidas.
Os detalhes foram divulgados no encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
Vilões dos mares
A equipe de especialistas analisou dados populacionais com informações sobre a quantidade de lixo gerado e gerenciado (ou não gerenciado). Eles elaboraram cenários para prever a quantidade de plástico despejado nos oceanos.
Para o ano de 2010, esses cenários variam de 4,8 milhões a 12,7 milhões de toneladas. A cifra de 8 milhões de toneladas é a média dessa variação.
O cenário conservador equivale em termos de massa à quantidade de atum pescada anualmente nos oceanos.
"Isso significa que estamos tirando atum e colocando plástico em seu lugar", disse Kara Lavender Law, co-autora da pesquisa e porta-voz da Associação Educacional do Mar de Woods Hole, no Estado americano de Massachussetts.
Os cientistas também fizeram uma lista dos países que seriam os maiores responsáveis pelo despejo desses resíduos. As 20 nações que despejam as maiores quantidades seriam responsáveis por 83% do plástico mal gerenciado que pode entrar nos oceanos.
A China ocupa o topo da lista, produzindo mais de um milhão de toneladas. Mas a equipe ressalva que é preciso levar em conta a imensa população do país e a extensão da sua costa.
Os Estados Unidos ficaram no 20º lugar da lista. O país tem uma grande área costeira, porém adota melhores práticas de descarte do lixo. Por outro lado, os EUA registram altos níveis de consumo de plástico per capita.
A União Europeia é analisada em bloco e ocupa o 18º lugar na lista.
Soluções
O estudo recomenda soluções para o problema. Afirma que as nações ricas precisam reduzir seu consumo de produtos descartáveis e embalagens de plástico, como sacolas plásticas. Já os países em desenvolvimento têm que melhorar o tratamento do lixo.
"O crescimento econômico está ligado à geração de lixo. O crescimento econômico é uma coisa boa, mas o que você vê normalmente em países em desenvolvimento é que a estrutura de tratamento do lixo é deixada de lado", disse a pesquisadora Jenna Jambeck, da Universidade da Georgia.
"Isso faz algum sentido na medida em que eles estão mais focados em produzir água limpa e melhorar o saneamento. Mas não devem se esquecer desse tratamento porque os problemas só vão ficar piores."
A equipe de pesquisadores estima que a quantidade de plástico jogada anualmente nos mares pode alcançar 17,5 milhões de toneladas até 2025. Isso significa que até lá 155 milhões de toneladas chegarão aos oceanos.
O Banco Mundial estima que o patamar máximo de lixo produzido no mundo só será atingido em 2100.
O pesquisador Roland Geyer, da Universidade da Califórnia, que também participou do estudo, disse que não é possível limpar o plástico dos oceanos. "Fechar a torneira é a única solução", afirmou à BBC.
"Como você recolheria o plástico do fundo dos oceanos considerando que a sua profundidade média é de 4,2 mil metros? Temos antes que evitar que o plástico chegue aos oceanos."
"A falta de sistemas de tratamento de lixo alimenta a entrada de plástico no oceano", diz o cientista. "Ajudar todos os países a desenvolver estruturas de tratamento é a mais alta prioridade", disse.

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